De 19 a 26 de novembro, o Papa Francisco realizará a 32ª Viagem Apostólica Internacional de seu Pontificado, na qual visitará a Tailândia e o Japão. A Ásia “dá as boas-vindas ao profeta da justiça: justiça econômica e ambiental. A Ásia é o berço de grandes religiões e civilizações. Possa esse encontro espiritual ser fonte de bênçãos para cada um nestes países e um novo alvorecer de paz e prosperidade surja em nosso grande continente”, auspiciam os bispos asiáticos.

“Um momento de graça para os cristãos” e para todos os outros homens e mulheres que vivem na Tailândia e no Japão. Com essas palavras, o presidente da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas (Fabc), cardeal Charles Maung Bo, define a iminente visita do Pontífice aos dois países asiáticos.

Após tê-lo recebido em Mianmar como arcebispo de Yangun, o purpurado estará novamente com Francisco em Bangcoc, durante um encontro programado para sexta-feira, 22 de novembro – no Santuário do Beato Nicholas Boonkerd Kitbamrung na capital tailandesa –, reservado aos bispos do país e aos da Fabc.

Papa Francisco, profeta dos tempos modernos

“O Papa Francisco é um profeta dos tempos modernos. É um líder mundial que proclamou não somente uma mensagem religiosa, mas uma mensagem para a humanidade”, escreve entre outras coisas numa mensagem de boas-vindas publicada no site da federação dos prelados do continente asiático.

De fato, o bispo de Roma “foi ao encontro de todos os tipos de pessoas”, como testemunha a escolha de visitar países “em que a comunidade católica é uma minoria”, expressando solicitude pelas comunidades que se encontram às margens, periféricas.

Peregrino de paz

Exatamente como fez dois anos atrás, em Mianmar e Bangladesh. “Sua visita fez este pequeno rebanho ser conhecido ao mundo. Que graça foi para nós! Um grande milagre! Foi grande o amor do Santo Padre.”

A propósito, o purpurado salesiano ressalta que a viagem foi “árdua”, mas também que isso não impediu Francisco de ir a esses países. “Veio como peregrino de paz e a sua presença trouxe imensa alegria e felicidade em todo coração do nosso povo. Todo Mianmar encontrava-se cheio de esperança naqueles dias em que o Santo Padre estava conosco.” Mesmo porque “encorajou a Igreja católica e a juventude a ser um instrumento de paz”, prossegue o arcebispo de Yangun.

A ambas as nações, grande bênção por esta peregrinação

Por isso, o cardeal Bo se diz “feliz em desejar calorosamente aos dois países, Tailândia e Japão, uma grande bênção por esta peregrinação” no sinal do encontro. De resto, ambas as nações sempre foram “imbuídas de profundas tradições religiosas”, a ponto de “atrair milhares de pessoas a suas costas”.

O presidente da Fabc recorda “o interesse do Papa pelas religiões orientais”, bem como “seu amor pela natureza e a biosfera” notadamente expresso na encíclica Laudato si’ e na recente Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, vendo aí também o sinal da admiração de Bergoglio “pela tradição espiritual do Oriente, que considera todos os seres vivos parte da presença de Deus”.

Boas-vindas da Ásia ao profeta da justiça

Por fim, o purpurado birmanês faz referência às “mudanças climáticas” e à “pobreza” como “duas das principais questões” muito importantes para o Santo Padre. E como a “Tailândia e Japão enfrentaram grandes desafios nas mudanças climáticas”, o cardeal Bo se diz convencido de que a voz do Pontífice “sobre estes temas será ouvida”.

A Ásia, assegura, “dá as boas-vindas ao profeta da justiça: justiça econômica e ambiental. A Ásia é o berço de grandes religiões e civilizações. Possa esse encontro espiritual ser fonte de bênçãos para cada um nestes países e um novo alvorecer de paz e prosperidade surja em nosso grande continente”, foram os votos conclusivos.

(Fonte: site Vatican News)