O andamento da III Jornada Mundial dos Pobres, promovida pela Diocese de Campina Grande (PB) reservou na noite da quarta-feira (13), uma mesa-redonda realizada no Teatro Municipal Severino Cabral, voltada para aprofundar a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial dos Pobres que traz como tema: ‘A Esperança do Pobre jamais se Frustrará’ Sl 9, 29.

O evento contou com a presença dos padres José Assis e Sérgio Leite, dom Dulcênio Fontes de Matos e dom Limacêdo, bispo auxiliar de Olinda e Recife, ele que é referencial para as Pastorais Sociais do Regional NE2 da CNBB. Além dos debatedores, estiveram presentes, demais padres da diocese, diáconos, seminaristas e leigos ligados às pastorais, grupos e movimentos.

A primeira fala proferida foi a do bispo diocesano de Campina Grande, dom Dulcênio Fontes de Matos, que deu as boas-vindas aos presentes e saudou seu irmão no episcopado dom Limacêdo. Tecendo a sua alocução inicial, o pastor da Igreja diocesana citou a Santa Dulce dos Pobres como um grande exemplo de amor à pobreza e falou de dias marcantes que a diocese tem vivenciado nesta III Jornada dos Pobres.

Dom Dulcênio, bispo diocesano de Campina Grande, abriu as palestras do dia 13/11

“Estes últimos dias têm sido muito ricos para a nossa reflexão, que ao término desta jornada, espero que nossas ações sejam mais concretas, e lembro o Papa o Francisco que diz: ‘o pobre não precisa apenas de um prato de sopa, precisa de nossas mãos para se reerguer e da nossa presença para superar a solidão, precisam simplesmente de amor’”, acrescentou dom Dulcênio.

Em seguida, padre Assis Soares discursou e fez uma síntese a partir do Concílio Vaticano II, explicando que a Igreja devotou atenção especial aos pobres, e ao fazer um aparato histórico de como a Igreja na América Latina ao longo dos anos se portou frente à esta problemática. “Me propus a uma contextualização da Igreja latina para com os pobres, a Igreja que sempre se preocupou com essa causa. Ao longo dos anos, com as conferências de Medelim, Puebla, Santo Domingos, até a Aparecida, a marca da opção pelos pobres sempre foi uma constante, como uma opção bíblica e evangélica na compreensão de um Deus que se fez pobre,” detalhou o padre Assis.

Já para o bispo auxiliar de Olinda e Recife, Dom Limacêdo, olhar os pobres na atualidade é olhar os gestos humanos do Papa Francisco, e assim fazer uma releitura para com os desfavorecidos: “Viver a opção pelos pobres, é viver o que Jesus viveu. Em seu método, Cristo procurou atender a todos, ele sempre teve zelo pelos excluídos, o que hoje chamamos de marginalizados, e é olhando para eles que contemplamos o rosto de Cristo, que clama a misericórdia”, salientou o bispo referencial para as Pastorais Sociais do Regional NE2 da CNBB.

A III Jornada Mundial dos Pobres prossegue nesta quinta-feira (14), com um evento a ser realizado no Instituto São Vicente de Paulo, às 19h30. No espaço vai acontecer uma reflexão reunindo as Pastorais Sociais e a Juventude, com a presença de dom Dulcênio, do padre Rodolfo Lucena e do bispo de Caicó, dom Antônio Carlos, bispo referencial para a Juventude no NE2 CNBB.

Confira o restante da programação da III Jornada Mundial dos Pobres:

16/11 – Jubileu dos 35 anos da Pastoral da Criança e os 15 anos da Pastoral da Pessoa Idosa
Pela manhã, a partir das 8h, no Santuário da Divina Misericórdia, bairro dos Cuités.

17/11 – Celebração do Dia Mundial dos Pobres
Às 11h, Santa Missa na Fazenda do Sol
Neste dia acontecerá ação social em diversas paróquias na diocese

(Com informações da Pascom Diocese de Campina Grande / Fotos: Carla Miranda)