Dom Fernando ministrou sacramento da Unção dos Enfermos a pacientes do HR

Centenas de fiéis, sacerdotes, diáconos, representantes de congregações, agentes de pastorais, de movimentos, de ONG’s, de religiosos, de consagrados e de comunidades católicas participaram da Abertura da Campanha da Fraternidade 2020 no território da Arquidiocese de Olinda e Recife. A solenidade aconteceu ontem, 26/02, no auditório do Hospital da Restauração, bairro do Derby, região central do Recife. A data marca o início da Quaresma e a Celebração Eucarística de Cinzas, reunindo o povo de Deus na caminhada rumo à Páscoa. Neste ano, CF adotou o tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso”, inspirando-se na figura de Santa Dulce dos Pobres, a santa baiana que doou sua vida pelos enfermos pobres e marginalizados. O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido presidiu a Missa de Cinzas, concelebrada pelo bispo auxiliar dom Limacêdo Antonio e pelos vigários episcopais e clero arquidiocesano.

Alguns pacientes e familiares do HR participaram da Missa de Cinzas

A programação da abertura da Campanha da Fraternidade iniciou com uma palestra sobre o tema da CF 2020, ministrada pelo diácono Sandro Roberto.  Em sua palestra, o diácono recordou que a Campanha da Fraternidade exige conversão: “A indiferença ao sofrimento humano deve ser combatida, pois compaixão é ter mais coração nas mãos”.

Diácono Sandro Roberto apresentou painel sobre a CF 2020

Após a palestra, o Arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido concedeu entrevista coletiva à Imprensa, detalhando os principais destaques da Campanha da Fraternidade deste ano, explicou os significados do tempo quaresmal e da Celebração de Cinzas.

O Hospital da Restauração foi escolhido para o lançamento da CF2020 pela Arquidiocese devido ao simbolismo da unidade de saúde para todos os pernambucanos. Convergem para o HR pacientes da capital e do interior do Estado, de todas as classes sociais, pois ser atendido lá faz toda a diferença para quem está lutando entre a vida e a morte. Maior hospital público do Nordeste, “a Restauração”, como é chamado, é referência em emergência médica e salvamento, notadamente nas áreas de neurologia, queimaduras, traumatologia, cirurgia bucomaxilofacial, cirurgia geral, clínica médica e ortopedia. Ou seja, o HR contribui para o salvamento de muitas vidas. E lutar em favor da vida foi o legado da Santa Dulce dos pobres, figura inspiradora da Campanha da Fraternidade de 2020.

Funcionários do HR também participaram da Celebração de Cinzas

Segundo prescreve a Igreja, a Quarta-feira de Cinzas deve ser um dia de jejum e abstinência. O carnaval chega ao fim e, com ele, inicia-se a Quaresma para os católicos, período de 40 dias de preparação que antecede a Páscoa do Senhor. A Quaresma é um tempo de penitência, oração e jejum. Para os antigos judeus, sentar-se sobre as cinzas já significava arrependimento dos pecados e voltar para Deus. A intenção deste sacramental que marca o início da Quaresma é levar os fiéis ao arrependimento dos pecados, evidenciando que não há porque ter apego a esta vida, achando que a felicidade plena possa ser construída aqui. A morada definitiva é o céu.

A Missa de Cinzas foi presidida pelo Metropolita de Olinda e Recife, que em sua homilia evidenciou que a conversão de cada pessoa deve ser autêntica e dinâmica. “A Campanha da Fraternidade ensina que para vivera fé é preciso caminhar na solidariedade”, ensinou dom Fernando.

Após a homilia, o Arcebispo de Olinda e Recife abençoou e distribuiu as cinzas com o clero. Em seguida, dom Fernando recebeu de Dom Limacêdo as cinzas em sua fronte e impôs as cinzas nas cabeças do clero e dos fiéis presentes.  Receber as cinzas significa estar aberto à conversão e prosseguir na observância da Quaresma, para celebrar de coração purificado o mistério Pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo. O ministro impõe as cinzas na fronte dos fiéis e diz: “Convertei-vos e crede no evangelho!”.   

Tradicionalmente as cinzas usadas na celebração da Missa de Cinzas são geradas a partir da queima dos ramos usados na Missa de Domingo de Ramos do ano anterior. Os ramos são guardados nas paróquias e no ano seguinte são incinerados e as cinzas produzidas são abençoadas durante a Missa e os fiéis recebem as cinzas, impostas em suas cabeças pelos arcebispos, bispos, padres e diáconos. A imposição das cinzas na fronte dos fiéis e clero faz referência à humildade, ao tempo de penitência da Quaresma, lembrando a  fragilidade humana: “O homem vai morrer, porque veio do pó e ao pó da terra voltará” (cf. Gn 3, 19).

Também participaram da Missa de Cinzas três pacientes do Hospital da Restauração e seus familiares. Após a Missa, o arcebispo, o bispo auxiliar e os sacerdotes ministraram o sacramento da Unção dos Enfermos a alguns pacientes de outras alas da unidade de saúde.

(Pascom AOR)