Em celebração presidida pelo Papa Francisco neste domingo, 23, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, houveram momentos significativos, dentre os quais, a realização do rito pelo qual o ministério de catequista foi conferido a fiéis leigos, mulheres e homens.
Receberam o ministério do leitorado alguns fiéis leigos provenientes da Coreia do Sul, Paquistão, Gana e de várias partes da Itália. Do Brasil, para receber o ministério de catequista estiveram presentes Wanderson Saavedra Correia e Regina de Sousa Silva, provenientes da diocese de Luziânia, Goiás.
Wanderson Saavedra Correia é catequista há 11 anos na Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Luziânia, Goiás, e animador da forania de Luziânia. Ele também ajuda nas formações de catequistas na diocese e é membro da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, do regional Centro-Oeste da CNBB.
Ele explica que o convite surgiu a partir do bispo diocesano, dom Waldemar Passini, para serem instituídos ministros da catequese pelo Papa Francisco, em Roma. Ele explica que os dois, ele e Regina, estão cumprindo protocolos sanitários no Vaticano – isolamento de dez dias – para que no próximo dia 23, domingo, possam ser instituídos pelo Papa Francisco como ministros da catequese.
Ele conta que é uma honra representar o Brasil e sua caminhada na catequese. “Para nós representar o Brasil, mostrar como anda a nossa caminhada com a iniciação à vida cristã que se torna tão importante nos dias de hoje está sendo uma graça”, disse.
“Para nós, hoje, é gratidão que se resume tudo. É uma graça e não por questões de mérito nosso, mas em representar todo o Brasil nessa caminhada de estar próximo a Cristo e de mostrar a pessoa de Cristo a todos os nossos irmãos e irmãs que precisam estar mais próximo, então é muito gratificante”.
Para Wanderson, pensar num futuro após essa instituição, pelo Papa Francisco, é pensar que eles estão de fato levando o Evangelho a todos, “que seremos portadores dessa mensagem de uma forma mais especial, porque esse carinho todo, essa alegria que o Papa nos demonstra é algo que devemos transmitir”.
Já Regina de Sousa Silva é catequista há 11 anos na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Céu Azul, em Valparaíso de Goiás (GO). Ela é coordenadora paroquial de catequese, é catequista e animadora da forania de Valparaíso de Goiás, pertencente à diocese de Luziânia (GO).
Para ela é uma grande honra representar o Brasil e toda a caminhada. “Até aqui foi uma grande surpresa. Nós não esperávamos que fóssemos escolhidos entre tantos catequistas no Brasil, mas nós temos a ciência de que não é só o nosso mérito”, disse.
Regina salientou que ela e Wanderson estão representando todos os catequistas e a catequese que é constituída por homens e mulheres, que obedientes à ação do Espírito Santo dedicam a sua vida com muito esforço e com muitas lutas.
“Ser catequista é um serviço essencial para a vida da Igreja. A catequese vem à frente de grandes desafios, um deles é despertar o entusiasmo de cada batizado e, para isso, requer a escuta da voz do Espírito Santo, que nunca deixa falta a sua presença que é fecunda em nós, para que nós possamos revelar Deus a todas as pessoas, então para nós é uma grande graça’, apontou.
Regina apontou que, após essa instituição, o foco é continuar a missão, só que com a alegria maior porque houve o reconhecimento pelo Papa Francisco e por todo o carinho que ele emprega na missão. “Somos eternamente gratos”, finalizou.
Acesso das mulheres aos ministérios do leitorado e acolitado
O Papa Francisco modificou um cânon o Código de Direito Canônico e agora está institucionalizado o acesso das mulheres aos ministérios do leitorado e acolitado. Na carta apostólica em forma de Motu Proprio Spiritus Domini, divulgada no início de janeiro, Francisco estabeleceu que esses ministérios sejam de agora em diante também abertos às mulheres, de forma estável e institucionalizada, com um mandato especial.
Fonte: CNBB