O arcebispo de Olinda e Recife e segundo vice-presidente da CNBB, dom Paulo Jackson, recebeu na Arquidiocese, nos dias 26 e 27 de janeiro, o Núncio Apostólico para o Brasil, dom Giambattista Diquattro. O núncio cumpriu uma agenda diversificada e, no sábado (27), presidiu a solenidade de entrega do pálio arquiepiscopal a dom Paulo, na catedral metropolitana.
Na chegada ao Seminário de Olinda, na sexta-feira (26), o núncio foi recebido pelo arcebispo, alguns padres e seminaristas. Já no pátio do seminário, dom Giambattista recebeu as boas-vindas do Movimento Pró-Criança, obra social da Arquidiocese, que apresentou a alegria de alguns ritmos da cultura pernambucana, como o maracatu e a ciranda. Seminaristas e turistas se empolgaram e entraram na roda. O núncio reservou um momento para os seminaristas, levando a palavra do Papa Francisco aos futuros presbíteros da Arquidiocese de Olinda e Recife. No Salão de Estudos do prédio histórico, respondeu às perguntas dos rapazes, de seus formadores e do arcebispo. Presidiu missa na capela Nossa Senhora da Graça, anexa ao seminário, concelebrada por dom Paulo Jackson e pelos vigários gerais da Arquidiocese. Na homilia, mensagem direta aos seminaristas: humildade e caridade. A noite da sexta-feira teve ainda apresentação do Instituto de Música Dom da Paz, obra gerida pela Irmandade das Almas, da Arquidiocese, que atende 120 crianças com aulas de instrumentos musicais e canto coral. Depois, um tributo aos 90 anos de nascimento do saudoso compositor e presbítero da Arquidiocese, padre Geraldo Leite, com seminaristas interpretando suas músicas. E um show de Dudu do Acordeon, com o típico forró pernambucano.
No sábado (27) pela manhã, aconteceu a imposição do Pálio no arcebispo de Olinda e Recife. A celebração, na catedral do Santíssimo Salvador, reuniu bispos do Regional Nordeste 2, bispos eméritos e convidados. Igreja cheia para testemunhar a entrega histórica. Muitos padres, religiosos, diáconos, seminaristas e paroquianos de toda a região metropolitana. Autoridades civis e políticas estavam presentes – dentre elas, a governadora de Pernambuco, Raquel Lira. Três irmãos de dom Paulo vieram de João Pessoa (PB) para prestigiar o momento. “Apesar de estarmos acostumados com a distância imposta pela missão de nosso irmão, sempre é emocionante ver os passos que ele dá em seu ministério”, comentou Maria José Nóbrega, irmã do arcebispo. “Sempre apoiamos sua escolha pelo sacerdócio e é muito importante reunirmos a família para viver com ele esse momento e rezarmos com ele e por ele”, concluiu.
O pálio é entregue aos arcebispos recém-eleitos, tradicionalmente, no dia 29 de junho, durante a Solenidade de São Pedro e São Paulo, presidida pelo Papa, mas no ano passado, dom Paulo Jackson não pode comparecer à cerimônia. Durante o rito realizado no sábado, o arcebispo renovou suas promessas batismais, confirmou sua fé e recebeu o pálio, emocionado, presidindo a celebração eucarística em seguida. Em sua homilia, dom Paulo falou sobre o sentido do pálio e sobre seu compromisso. “Esta insígnia, abençoada pelo Santo Padre, o Papa Francisco, na última Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, revela exatamente a imagem do pastor que carrega a ovelha em seus ombros. Expressa também a minha comunhão profunda com a Santa Sé e a minha missão como metropolita, nesse serviço e promoção da comunhão dentro da Província Eclesiástica e na comunhão com a Sé Apostólica. De algum modo, unem-se as imagens de Bom Pastor e Cordeiro Imolado. Como disse o Papa Bento: ‘A lã do cordeiro representa a ovelha doente ou fraca que o pastor coloca em seus ombros e leva às águas da vida’. dentre os tantos pastores da Arquidiocese de Olinda e Recife, suplico a intercessão dos Servos de Deus Dom Hélder Câmara e Dom Vital. Eles nos inspirem o seguimento de Jesus e do seu Evangelho”, disse o arcebispo.
Pascom AOR