A arquidiocese de Olinda e Recife terá, pela primeira vez em sua história, o Sínodo. A convocação será realizada ainda este ano com a divulgação de uma carta apostólica, e a instauração do Sínodo e a apresentação da secretaria executiva acontecerão durante reunião do conselho arquidiocesano de pastoral, no centro Dom Vital, na Várzea, ainda sem data confirmada.

De acordo com o documento da Santa Sé, a Instrução para sínodos diocesanos, citando o Código de Direito Canônico, o Sínodo é uma “assembleia (‘coetus’) de sacerdotes e de outros fiéis da Igreja particular, escolhidos para auxiliar o Bispo diocesano para o bem de toda a comunidade diocesana. A finalidade do Sínodo é o bem comum de toda a comunidade diocesana e um importante meio para atuar na renovação desejada pelo Concílio.

O Sínodo diocesano também tem o objetivo de prestar auxílio ao bispo no exercício da função que lhe é própria, de guiar a comunidade cristã. As etapas de convocação e assembleias sinodais serão realizadas pela comissão organizadora e terão 4 etapas ou sessões.

A composição do Sínodo será realizada por membros a partir de suas funções, ou seja, bispos auxiliares, vigários gerais, vigários episcopais, representantes do conselho presbiteral, da coordenação de pastoral, presidentes das comissões arquidiocesanas de pastoral, além de um membro por vicariato, superiores de institutos religiosos, sociedades de vida apostólica, diáconos permanentes e fiéis leigos escolhidos pelo bispo.

As sessões ou assembleias sinodais serão temáticas e presididas pelo arcebispo Dom Paulo Jackson. Embora o Sínodo tenha caráter consultivo, que deve abranger todo o povo de Deus, essas consultas poderão ser acolhidas pelo bispo ou não.

Para o coordenador de pastoral, Padre Charles Araújo, a preparação de todo o povo de Deus para este momento histórico é fundamental. “Essa preparação tem como ponto de partida a abertura de coração, como dizia sempre o Papa Francisco. Será o Espírito Santo quem conduzirá o Sínodo. O segundo passo é o espírito de comunhão. Precisamos pensar na comunhão da igreja, que se expressa na caridade. E o terceiro passo é ter a capacidade de perceber os sinais dos tempos. Esses três passos nos ajudarão a dar passos significativos em nossa caminhada arquidiocesana”.

“O Sínodo é uma consulta ao povo, como diz o Concílio Vaticano II, a igreja é o povo de Deus. E é justamente isso que nosso pastor, dom Paulo Jackson deseja, com a voz do povo de Deus, ele possa conduzir a igreja de Olinda e Recife”.

Padre Charles Araújo

Para mapear os fiéis e sua atuação nas paróquias, a coordenação de pastoral enviou um questionário que deverá ser respondido até 15 de novembro.

Questionário em preparação para o Sínodo. Compartilhe

https://forms.gle/T2VGuGmZ9nF56Sg49

História

A Diocese de Olinda foi erigida em 16 de novembro de 1676 pelo Papa Inocêncio XI, através da Bula “Ad sacram Beati Petri sedem”. Em 5 de dezembro de 1910, foi elevada à Arquidiocese e Sede Metropolitana pelo Decreto da Sagrada Congregação Consistorial. Pela Bula “Cum urbis Recife” do Papa Bento XV, de 26 de julho de 1918, passou a chamar-se Arquidiocese de Olinda e Recife, sendo o seu atual 32º Bispo e 9º Arcebispo, Dom Paulo Jackson. São 347 anos de história e, pela primeira vez, terá o Sínodo arquidiocesano de 2024 a 2025.