Na parte da tarde desta quarta-feira, 19 de junho, a reunião do Conselho Permanente contou com o relato dos regionais da CNBB. Momento marcante também foi o ato de despedida realizado pelo padre Patriky Samuel Batista, subsecretário adjunto geral da CNBB. Ele deixará o cargo na Conferência, no início de julho, para retornar a sua diocese de origem, a de Luz, em Minas Gerais

Se dirigindo aos bispos do Conselho Permanente, padre Patriky destacou que um misto de sentimentos invadiu seu coração diante do chamado e do compromisso de acolher tal convocação com obediência filial e espírito de serviço.

Salientou que nestes 16 anos de vida ministerial sempre se colocou à inteira disposição da Igreja, procurando fazer em tudo a vontade de Deus, no desejo de servi-lo com alegria. 

Padre Patriky chegou na CNBB, em 2019, a convite da Presidência da CNBB. À época, foi convidado para colaborar, como secretário executivo de Campanhas da CNBB, procurando animar os temas da Campanha da Fraternidade de 2020, 2021 e 2022. Assumiu, em 2022, a missão interina de subsecretário adjunto geral da CNBB, missão que, posteriormente, foi ocupada de forma efetiva por ele até hoje. 

Em seu discurso, agradeceu a todos os organismos do povo de Deus, aos colaboradores da CNBB, e de modo muito particular, aos 490 membros do episcopado brasileiro.

“Aqui aprendi a amar e servir cada bispo que buscava algum auxílio na sede da Conferência ou no secretariado geral. Tenham a certeza de que estarão sempre presentes em minhas orações e na oração dos meus pais que, desde que vim para a CNBB, oferecem nas sextas-feiras um pequeno gesto de sacrifício por cada um dos senhores e vossas Igrejas particulares. A todos, meu profundo agradecimento pela gentileza do convívio e fraternidade”, disse.

Por último, enfatizou que junto ao episcopado brasileiro aprendeu mais do que em um mestrado ou doutorado: “Aprendi a importância da gestão, mas também aprendi que na gestão dos bens eclesiais a dinâmica não é de uma empresa, mas sim de uma família que tem prioridades radicadas no Evangelho. Sou eternamente agradecido a Deus e à Igreja por esses riquíssimos aprendizados. Na CNBB aprendi e experimentei o que é resiliência, cresci no amor a Cristo e à Igreja, contemplei o real protagonismo dos leigos em uma Igreja sinodal, em saída missionária, além da beleza do trabalho em comunhão e fidelidade ao Santo Padre”. 

Ao final, padre Patriky recebeu uma salva de palmas de todos os presentes e foi cumprimentado pela presidência da CNBB.  

Regionais 

Na partilha dos regionais, o presidente do regional Nordeste 2, dom Francisco de Sales, falou sobre o trabalho de revisão do regimento interno do regional. Na ocasião, destacou que o trabalho já está bastante avançado e que, em breve, haverá a publicação. Realçou que a próxima Assembleia de Pastoral deverá abordar a temática da espiritualidade e comunhão na práxis pastoral. Enfatizou que há uma boa articulação em curso da Pastoral do Dízimo no regional, com a preparação de subsídios. 

“Ultimamente temos tido reunião com reitores para trabalhar os projetos formativos de forma colaborada. Elaboramos também um caminho formativo para os orientadores espirituais de nossos seminários. Realizaremos também a Assembleia Regional de Catequese e vamos celebrar os 75 anos da diocese de Campina Grande”. 

Dom Juarez Sousa, presidente do regional Nordeste 4, destacou a preparação para a 16ª Romaria da Terra e da Água, no Piauí, que trata sobre Ecologia Integral a serviço da vida. Salientou também os encontros regionais: Coordenações diocesanas de IVC, Liturgia e CEBs; Assembleia do CNLB; Reunião da Presidência do Regional com o Presidente da Assembleia Legislativa; Assembleia Regional de Pastoral.  

Dom Gilberto Pastana, presidente do regional Nordeste 5, falou sobre as quatro ações realizadas pelo regional a partir do plano regional de pastoral que foi aprovado no final de 2022, no Conselho Regional. Uma delas foi o Seminário em preparação à 14ª Romaria das Terras e das Águas, na arquidiocese de São Luís do Maranhão, com o tema “Territórios Livres das cercas, dos trilhos e do agronegócio”. A Romaria será realizada em agosto. 

Uma outra ação é uma coleta de assinatura em vista da criação de uma lei estadual de iniciativa popular proibindo a pulverização de agrotóxicos. “Encaminhamos ao ministro de estado do Meio Ambiente, Ibama e Ministério Público uma representação no qual reclamamos a ultrapassagem dos padrões de qualidade do ar, da contaminação de águas e da fauna”, disse. Outra iniciativa é o Seminário Regional de Liturgia com o tema “O espaço celebrativo e a iconografia da liturgia”. 

Outros bispos também compartilharam suas ações. Dom Leonardo Steiner, presidente do regional Norte 1, falou sobre os cursos oferecidos pelo regional em diversas frentes de atuação e o presidente do regional Leste 1, dom Gilson Andrade da Silva, destacou a mensagem dos bispos do Estado para as eleições municipais e eventos ocorridos no regional. 

Jubileu da Esperança

Também na parte da tarde, o primeiro vice-presidente da CNBB e membro da equipe de articulação do Jubileu da Esperança no Brasil, dom João Justino, apresentou aos bispos a bula de proclamação do Jubileu da Esperança 2025.

Ele fez uma reflexão sobre alguns dos parágrafos da Bula, que tem como título “A esperança não decepciona”. A Bula, dividida em 25 pontos, contém súplicas, propostas, apelos em favor dos presos, dos doentes, dos idosos, dos pobres, dos jovens, e anuncia as novidades de um Ano Santo que terá como tema “Peregrinos de esperança”. Ele também falou sobre a indulgência Jubilar que será concedida aos peregrinos.  

Fonte: CNBB