O arcebispo de Olinda e Recife, dom Paulo Jackson, esteve na tarde desta terça-feira (12) na Câmara de Vereadores de Olinda, em Pernambuco, para receber o título de Cidadão Olindense. Antes de iniciar a sessão, o arcebispo participou, junto a outros sacerdotes, de uma conversa no gabinete da vereadora Gisele Tavares, propositora do título.

No plenário da Câmara, dom Paulo ouviu as homenagens do arcebispo emérito dom Fernando Saburido, do monsenhor Josivaldo Bezerra que foi nomeado seu bispo auxiliar, e de outros admiradores que fez ao longo de pouco mais de um ano como arcebispo. Além do título, muito comemorado por todos no plenário da Câmara, o arcebispo recebeu uma imagem de seu onomástico, São Paulo Apóstolo, feita por um artesão local.

Para a vereadora Gisele Tavares, que é católica, foi uma honra poder conceder esse título a dom Paulo, elencando algumas razões para isso: “Minha admiração pelo trabalho de dom Paulo, o cuidado, a mansidão que ele tem em tratar as pessoas, e o olhar que ele tem para nossa cidade. Isso me motivou a querer que ele fosse um cidadão olindense também. Como eu tenho um apreço muito grande por Olinda e sou católica desde sempre, fiquei extremamente emocionada em poder proporcionar isso”. A vereadora precisou colocar a propositura do título em votação na Câmara e a aprovação foi unânime.

Nascido em São José de Espinharas, na Paraíba, dom Paulo Jackson expressou sua gratidão aos olindenses pelo título e enfatizou o compromisso com o povo da cidade. No discurso de agradecimento à vereadora Gisele Tavares, o arcebispo falou, sobretudo, da relação da Igreja Católica com o patrimônio histórico cultural e sobre o compromisso de diálogo com o Iphan, a Fundarpe e todos os órgãos que cuidam da manutenção e restauração desse patrimônio.  “Esse título, na verdade, é um compromisso, é uma missão. Compromisso com o povo, com os pobres, com a cultura, com a história. É assim que nós nos tornamos cidadãos olindenses para cuidar e amar cada vez mais essa terra tão bonita e contemplar, da Sé de Olinda, o pôr do sol, ao som de Alceu Valença, cantando frevo e convidando a todos para nos visitar”, comentou o arcebispo.

A entrega do título de cidadão olindense mereceu festa como só Olinda sabe fazer: o colorido dos passistas e o ritmo marcante do frevo tomaram conta do plenário da Câmara e legitimaram a acolhida ao novo filho da cidade patrimônio histórico e cultural da humanidade.

Pascom AOR