Tradição de 327 anos. Depois de dez dias de festa, o Recife celebrou neste domingo (16), mais um Dia de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da cidade. Como são muitos os fiéis neste dia, a organização da festa marcou missas em três lugares do complexo da Basílica Nossa Senhora do Carmo: no claustro do Convento, na basílica e na igreja da Ordem Terceira. A primeira missa foi celebrada à meia-noite e a última foi campal, no Pátio do Carmo, presidida por Dom Fernando Saburido.

Muita gente homenageou a Mãe do Carmelo com roupas e rosas amarelas. No claustro, frades carmelitas administravam a bênção dos escapulários, sacramental de pertença e devoção à Nossa Senhora do Carmo. Este ano, a festa teve como tema “Mãe do Carmelo, em tua vocação contemplamos tudo que desejamos ser na igreja”, em alusão ao Ano Vocacional que a Igreja do Brasil vive em 2023.

A missa presida por dom Fernando Saburido foi a 27ª do dia. O dia chuvoso não afastou os fiéis, que lotaram o Pátio do Carmo. A chuva cessou pouco antes da missa campal. “Não importa se está chovendo ou fazendo sol, as pessoas vêm aqui, todo ano, pra celebrar Nossa Senhora com todo entusiasmo”, declarou o bispo. “Esse ano, a festa é focada no ano vocacional, nos chamando a aprender com Nossa Senhora a sermos vocacionados para o bem, para construirmos um mundo novo, pra viver plenamente o amor, que é a essência do Evangelho”.

Logo no início da celebração, o agora administrador apostólico de Olinda e Recife ficou emocionado com uma surpresa: 10 mil bandeirolas com sua foto, acenadas em gratidão por seu pastoreio, que encerra em um mês. Nos 14 anos como arcebispo, dom Fernando honrou a padroeira participando da missa solene de encerramento da festa, junto com seu povo.

A missa da padroeira teve a participação do bispo auxiliar de Olinda e Recife, dom Limacêdo Antonio, e de muitos frades carmelitas, como o provincial da Província Carmelitana de Pernambuco, frei José Roberval, e o reitor da basílica do Carmo, frei Cidmário Bezerra, responsável pela organização da festa. Segundo o reitor, são necessários de três a quatro meses para organizar a festa, mas o trabalho é recompensador. “A gente vê a fé das pessoas, o choro, a alegria de estar na casa da Mãe, então não tem preço a gente preparar aquilo que enche o coração dos fiéis de alegria por esse encontro com Nossa Senhora”, comentou o carmelita.

Ao final da missa, mais emoção com as homenagens a dom Fernando: milhares de fiéis cantando para o bom pastor, bandeiras tremulando, as palavras do reitor da basílica e uma cruz peitoral de presente. Somente depois da bênção final, houve a aguardada saída do andor com a imagem de Nossa Senhora do Carmo que seguiu em procissão por ruas próximas. Irmandades, confrarias e o clero, incluindo dom Fernando e demais celebrantes, acompanharam a procissão. No retorno ao Pátio do Carmo, a imagem foi retirada do andor e colocada em um carro, com destino à festa de abertura da igreja do Carmo, em Olinda.

Pascom AOR