Oito dias após o início da invasão pelo exército russo, cresce a emergência humanitária na Ucrânia. “O Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, relatou sobre o rio de pessoas que deixaram o país para chegar aos estados vizinhos. Novas explosões durante a noite em Kiev, nova rodada de conversações hoje em uma área de fronteira.
Marco Guerra – Vatican News
Poderosas explosões foram ouvidas durante a noite em Kiev e em outras cidades ucranianas, onde as sirenes de ataque aéreo soaram novamente. A mídia local também noticiou conflitos na periferia de Kiev. “O inimigo está tentando entrar”, disse o prefeito da capital, Vitali Klitschko. Em Kharkiv, os bombardeios atingiram três escolas e a Catedral da Assunção.
Fronteira com a Ucrânia
As tropas russas avançam
As tropas russas também estão avançando do sul, da Crimeia. Ontem tomaram o controle de Kherson e a cidade portuária de Mariupol permanece cercada, sem água e com centenas de feridos. As unidades navais russas de desembarque chegaram às águas em frente a Odessa. Os números de mortos são conflitantes, o Ministério da Defesa russo relata 500 soldados mortos, mas Kiev fala de mais de 5.800 vítimas entre as forças de ocupação e mais de 2.000 civis que perderam a vida. Fontes militares estadunidenses estimam 1.500 mortos russos e outros tantos ucranianos.
Dia de negociações
“Vocês não terão paz aqui, não terão um momento de calma”, disse o presidente ucraniano Zelensky em uma nova mensagem divulgada na madrugada de hoje. A segunda rodada de conversações em Belarus abre-se hoje em Brest entre delegações de Moscou e Kiev. Um possível cessar-fogo está em cima da mesa, enquanto o Ministro das Relações Exteriores russo Lavrov reiterou que um dos objetivos da operação é a desmilitarização completa da Ucrânia. Enquanto isso, uma fonte do governo em Berlim informa que a Alemanha se prepara para enviar mais 2.700 mísseis antiaéreos para a Ucrânia.