Lua cheia ornou jubileu da única paróquia do território arquidiocesano dedicada à Virgem de Guadalupe

Uma celebração para ficar inscrita na memória dos paroquianos do Sítio Histórico de Olinda. No dia de Nossa Senhora de Guadalupe, a paróquia de mesmo nome, em Olinda, celebrou o seu jubileu de ouro de criação. A comunidade vem festejando a Virgem de Guadalupe desde o começo do mês e no dia dedicado à padroeira da América Latina, 12/12, aconteceu o encerramento da festa que adotou neste ano o tema “50 anos anunciando a Boa Nova aos pobres e publicando a ano da Graça do Senhor”. O pároco padre Marlon Lauriano explicou que a igreja de Olinda dedicada à Nossa Senhora de Guadalupe é a mais antiga no país. Desde 2018 a comunidade paroquial vem se preparando e organizando as festividades do jubileu de ouro. A programação da festa contou com procissão e missa campal, presidida pelo arcebispo metropolitano dom Fernando Saburido.

Detalhe da procissão

A procissão de encerramento saiu da matriz às 18h45 e percorreu as ruas da cidade alta. Por onde passava o andor ricamente ornado por flores – um dos símbolos da devoção à Nossa Senhora de Guadalupe­ – os fiéis saudavam a imagem. Na primeira rua por onde a procissão passou, o morador e paroquiano senhor Fernando havia decorado o muro de sua casa e colocou vela, uma imagem de Nossa Senhora e a foto de sua mãe, falecida em 2018. “A minha mãe rezava com fervor para Nossa Senhora e estou repetindo um costume de antigamente, que é preparar a casa para a passagem da procissão, declarou feliz”.

Morador enfeita sua casa para reverenciar Nossa Senhora

Após o retorno da procissão à matriz, teve início a celebração solene da Missa campal, presidida por dom Fernando Saburido e concelebrada pelo pároco padre Marlon, pelo vigário episcopal de Olinda, padre José Severino da Silva e por parte do clero do Vicariato Olinda. Centenas de paroquianos participaram da Missa, além de fiéis de outras paróquias e vicariatos. Sob o comando do pároco padre Marlon, dezenas de voluntários atuaram na organização da festa, demonstrando unidade e sintonia.

Em sua homilia, o metropolita refletiu que é preciso assumir com veemência a Missão, levando adiante a mensagem de fé à comunidade. “A prática do Evangelho nos fortalece. Aprendamos com Nossa Senhora, que é louvada no Magnificat, porque a Mãe de Jesus se fez humilde e serva”. Para dom Fernando Saburido, a paróquia de Guadalupe é especial, pois em sua juventude, ele atuou por sete anos como pároco na comunidade e cultiva até hoje laços de gratidão com os moradores do bairro.  A paróquia é a única no território da Arquidiocese dedicada à Nossa Senhora de Guadalupe. “Estou muito satisfeito com o trabalho pastoral que o padre Marlon vem desenvolvendo. Os paroquianos daqui, notadamente a juventude, se dedicam às atividades e são comprometidos em apoiar os trabalhos”, reconheceu o arcebispo.

Antes da bênção final, dom Fernando reforçou junto à assembleia os legados que o XVIII Congresso Eucarístico Nacional pretende deixar e pediu o engajamento de mais voluntários para fazer uma bonita festa em torno da partilha do Pão e da Palavra. O arcebispo informou que a ideia é erguer na Rua do Imperador, centro do Recife, uma casa de acolhimento para moradores de rua, a ser denominada de “Casa do Pão”, com uma capela dedicada “Santa Dulce dos Pobres”.  O pároco padre Marlon Lauriano rezou com o clero e fiéis a oração em honra a Nossa Senhora de Guadalupe e em seguida, foi realizada uma exuberante queima de fogos em frente à matriz.

Pároco padre Marlon reza com os fiéis e o clero a oração de Nossa Senhora de Guadalupe

(Pascom AOR)