O arcebispo de Olinda e Recife, dom Paulo Jackson, participou no último sábado (26) da sessão de abertura do Sínodo Arquidiocesano, no pátio externo do Santuário Mãe Rainha, no bairro de Ouro Preto, em Olinda. Para a sessão sinodal foram convidados três delegados de cada uma das 150 paróquias da Arquidiocese, além do clero local e representantes dos movimentos, grupos e congregações religiosas existentes no território arquidiocesano. Bispos, vigários gerais, vigários episcopais, párocos e leigos estavam entre as 800 pessoas presentes à sessão, para o “caminhar juntos” que pede o Papa Francisco.

Para o padre Charles Araújo, que é coordenador arquidiocesano de Pastoral, a experiência sinodal é um desafio que pode trazer grandes bênçãos para o povo de Deus. “A partir de hoje, a nossa Igreja é toda convidada a vivenciar a experiência de ser uma Igreja sinodal”, disse padre Charles. “Nas três dimensões de nossa Igreja – paroquial, vicarial e diocesana – refletiremos nossa vida pastoral e comunitária, mas também sobre os desafios da evangelização, para que assim possamos encontrar soluções para que o Evangelho seja melhor anunciado”.

A sinodalidade tem mexido com as paróquias e movimentos da Arquidiocese de Olinda e Recife, na busca de resultados pastorais e missionários eficazes. Uma das palestras da sessão de abertura do Sínodo foi ministrada pelo padre Francisco Aquino, professor da Faculdade Católica de Fortaleza e Universidade Católica de Pernambuco. O religioso falou sobre “Sinodalidade para Diocesaneidade”, mostrando como o Sínodo pode colaborar para o bom êxito das práticas da Igreja local. “Pensar na missão implica a gente pensar no mundo onde a gente está, na sociedade onde está a Igreja de Olinda e Recife. Quais são as situações de sofrimento, de injustiça? Quais são os gritos, quais são as feridas, os apelos, os dramas? O Papa Francisco gosta muito de uma expressão que ajuda a gente a entender bem: quando ele diz ‘Igreja em saída para as periferias’, ele fala de periferias geográficas, sociais e existenciais. Onde houver sofrimento, injustiça, opressão, aí deve haver a presença esperançosa da Igreja de Jesus”, afirmou padre Francisco.

Muito esperada por todos, a palestra do arcebispo dom Paulo Jackson abordou o tema “Perspectivas sinodais para a Arquidiocese de Olinda e Recife”. Dom Paulo lembrou, no entanto, que grandes desafios de hoje só terão resposta pela oração. “Em Roma, hoje, o Papa está, praticamente, concluindo a segunda etapa do Sínodo. Nós, aqui, estamos abrindo esse caminho de reflexão, de oração e de escuta, que vai durar dois anos. É um momento fundamental para escutarmos os presbíteros, os bispos eméritos que vivem e trabalham em nossa Arquidiocese, mas também religiosos e religiosas, leigos e leigas, e também escutarmos pessoas para além da fronteira da Igreja – homens e mulheres de boa vontade que querem contribuir com a reflexão. Temos muito a rezar, a escutar, a refletir; temos muito, também, a decidir”, comentou dom Paulo.

O sínodo abriu espaço para questionamentos na “fila do povo”, com o bispo respondendo as dúvidas dos que querem contribuir para o processo sinodal. O Sínodo Arquidiocesano de Olinda e Recife seguirá até 2026, quando a Arquidiocese completará 350 anos de história – momento de celebrar o nascimento da então Diocese de Olinda, criada em 1676 pelo Papa Inocêncio XI, por meio da Bula “Ad sacram Beati Petri sedem”.

Tendo convocado o Sínodo Arquidiocesano para os anos 2024-2026, o arcebispo assinou decreto de nomeação de moderadores, secretário geral e comissão executiva (abaixo).

Pascom AOR